Revolução energética
por 28 de dezembro de 2023 11:16 286 views0
Pequenas e médias empresas poderão escolher seu fornecedor de energia em 2024 e economizar até 40% na fatura
O setor elétrico brasileiro terá um dos marcos mais importantes de sua história no dia 1º de janeiro de 2024. Na data, entrará em vigor a portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME), que permite a pequenas e médias empresas (PMEs) migrarem para o Mercado Livre de Energia – ou Ambiente de Contratação Livre (ACL) -, no qual poderão negociar diretamente com os fornecedores de energia as melhores tarifas.
O Mercado Livre de Energia existe no Brasil desde meados da década de 1990, responde por 37% do consumo total de energia elétrica do país e tem 36.329 consumidores. A maioria, indústrias e empresas de grande porte, com contas de energia na faixa de R$ 50 mil, as únicas para as quais o modelo está disponível atualmente.
Com as novas regras, pequenos e médicos negócios, como padarias, restaurantes, bares, hotéis, e pessoas físicas que gastam a partir de R$ 7 mil de energia também poderão aderir a essa modalidade. São cerca de 72 mil potenciais consumidores, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), órgão que reúne todos os integrantes do setor.
Conta de luz mais barata e personalizada
A possibilidade de conseguir uma redução mensal de até 40% na conta de luz com a migração para o Mercado Livre de Energia é uma das principais vantagens para PMEs, que podem utilizar os recursos economizados para investir no próprio negócio, aumentando a competitividade do negócio.
Além disso, esses consumidores poderão ter um serviço personalizado, escolhendo a operadora que atenda melhor aos seus interesses e determinar, por exemplo, períodos em que o consumo de energia é menor, estipulando isso em contrato. Outro ponto positivo é a possibilidade de optar por fontes de energia sustentáveis, o que agrega valor à marca.
Diante de tantos benefícios potenciais, muita gente já está se preparando para a mudança. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), mais de 10,6 mil empresas de pequeno porte, comércios e condomínios informaram às distribuidoras que irão migrar para o Mercado Livre de Energia a partir de janeiro de 2024.
O processo demora seis meses e envolve algumas etapas. Entre elas, a contratação de uma empresa comercializadora de energia no varejo para intermediar a compra no Mercado Livre de Energia. Um exemplo desse tipo de empresa é a LUZ, primeira fornecedora digital de energia do Brasil, criada em 2022 pelo Grupo Delta Energia.
Fundado em 2001 e responsável por transacionar 5 mil megawatts (mW) médios por mês no Mercado Livre (8% do consumo de energia no país), o Grupo Delta Energia pretende conquistar pelo menos 15% dos novos consumidores que chegarão a esse mercado em 2024. Para isso, está investindo em várias frentes, com destaque para a de tecnologia.
“A tecnologia é fundamental para atender uma grande quantidade de consumidores com custos competitivos e constituir um diferencial no mercado.”