Comércio, comércio internacional e comércio exterior. Qual a diferença?
por 1 de outubro de 2013 12:03 1.034 views0
Neste artigo, falaremos sobre as diferenças entre comércio, comércio internal e comércio exterior.
Comércio são relações entre partes (vendedor e comprador) em que um oferece a mercadoria, e o outro oferece um pagamento em qualquer forma representativa de valor econômico. Para que seja caracterizada uma relação de comércio, é necessário que ambas a partes ofereçam e recebam algo. É necessário a reciprocidade, para que haja comércio. Compra, venda, permuta e troca de produtos ou valores são operações de comércio. Tráfico também é considerado uma operação de comércio.
Chamamos comércio nacional as relações comerciais praticadas entre partes de uma mesma nação. O comprador “passa” a mercadoria ao vendedor, estando a transferência de propriedade sob a regulamentação do estado e sujeita a cobrança de tributos internos (IPI, ICMS, COFINS , etc).
As operações de comércio realizadas entre partes de diferentes nações são chamadas comércio internacional, que se divide em importação – quando são introduzidas em um país mercadorias provenientes de outro – , e exportação– quando são remetidas para fora de um país mercadorias nele produzidas. As operações de comércio internacional são normatizadas e fiscalizadas pelas aduanas dos países, por meio do comércio exterior, que são aos termos, regras e normas nacionais que regem as transações de intercâmbio de mercadorias e a movimentação de capitais entre nações.
O Brasil iniciou-se no comércio internacional no período pré-colonial (entre 1500 – 1531), com exportação para a Europa do pau-brasil, que já era bastante conhecida lá. Após o período colonial, o Brasil exportou drogas do sertão, a partir de 1580, cana de açúcar (entre os séculos XVI e XVI), ouro (século XVIII), café (1727) e borracha (1879 e, posteriormente, entre 1942 – 1945). O Amazonas, especificamente, iniciou-se no comércio internacional a partir de 1580, com exploração e contrabando das drogas do sertão (cacau, canela, baunilha, cravo, canela, castanha-do-pará e guaraná, que eram consideradas especiarias na Europa) e com o ciclo da borracha.
Atualmente, o Brasil concentra a sua pauta exportadora em 25 produtos, que representam 57,07% das vendas externas. São eles:
Minério de ferro;Oléos brutos de petróleo;Soja;Carne de frango;Aviões;Automóveis;Farelo de soja;Café cru em grão;Carne bovina;Produtos semi-manufaturados de ferro ou aço;Pastas químicas de madeira;Açúcar de cana (bruto);Partes e peças para automóveis e tratores;Ferro fundido bruto;Óleos comestíveis;Fumos em folhas ou desperdícios;Aparelhos transmissores ou receptores e componentes;Álcool etílico;Ferros-liga;Veículos de carga;Motores geradores e transformadores elétricos e suas partes;Óleo de soja em bruto;Tratores;Produtos laminados planos de ferro ou aço;Calçados e suas partes ou componentes.
Fonte: MDIC/SECEX, ano 2009.
Quais as vantagens do comércio internacional?
Podem ser citadas como vantagens a incorporação de novos processos tecnológicos, a partir do momento em que um país abre as suas fronteiras para a entrada de produtos fabricados em outros países, com outras tecnologias, estímulo à atração de investimentos externos, possibilidade de suprir o país com produtos que este não tem capacidade para produzir, através da importação. Falaremos mais detalhadamente sobre as vantagens e desvantagens do comércio internal em outra oportunidade.
Fonte: Administradores